sexta-feira, 13 de julho de 2012

Amor à Palavra - 13.07.12 -82/100 dias de oração pelo Brasil

A palavra é essencial à vida. No sentido de informação, ela é a materia prima da existência. Porém, quando se fala em "Amor à Palavra", tema da oração proposta no livro "100 dias que impactarão o Brasil", ela ganha sentido técnico. Portanto, não se refere a qualquer palavra, mas à Bíblia, sinônimo de Palavra de Deus na tradição cristã.

Todos sabemos que a palavra de Deus não se resume à Bíblia. A própria Bíblia nos informa que Deus falou a Abraão, 430 anos antes de Moisés (Gal. 3:17), quando não havia um único texto das Escrituras Hebraicas. Fala também de outras formas de comunicação usadas por Deus, quando declara:   "Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas,
mas nesses últimos dias falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o universo." (Heb. 1:1-2)

Deus não se calou. Ele continua falando e usa as maneiras que julga necessárias. Deus é soberano.

Porém, não somente porque Paulo afirma
que as Escrituras foram inspiradas (ao escrever a Timóteo por volta de 65-67 depois de Cristo, portanto em torno de 25 anos antes do fechamento oficial do canon do, por nós chamado, "Velho Testamento"), mas também porque a história tem comprovado o impacto positivo dos textos bíblicos, tanto em indivíduos, quanto em coletividades e até mesmo na cultura humana, acreditamos que a Bíblia é uma coleção de textos inspirados por Deus.

Contra fatos, argumentos contrários se enfraquecem.

Os cristão podem se dividir quanto a forma de interpretar a Bíblia, mas há quase unanimidade em sua inspiração e autoridade.

Não sou bibliólatra, mas pertenço ao grupo que crê na inspiração e reconhece a autoridade da Bíblia.

Independente de questões teológicas, não poderia deixar de declarar meu amor às Escrituras. Elas trouxeram até mim a vida e os ensinos de Jesus. O meu caráter foi todo moldado a partir da vida deste homem. Ele foi a referência usada por meus pais para me ensinarem os melhores caminhos da vida. Poderia até negar a Jesus, mas, mesmo que eu quisesse, jamais poderia deixar de reconhecer o impacto dele na construção da minha personalidade.

Até aqui não o neguei e me empenho em ser cristão, não no sentido político-doutrinário da palavra, mas na busca por identificar-me com a vida e ensino de Jesus, disponíveis nos evangelhos.

Não consigo ser pastor sem a Bíblia. Os membros das igrejas por onde passei podem testificar que ela sempre foi o livro texto de minhas mensagens e estudos.

Também não consigo viver sem estudá-la. Ela é o ponto de partida em minhas buscas por respostas a questões existenciais presentes em minha alma.

Por isso, sem fazer coro ao discurso e à política fundamentalista em torno da Bíblia, seria desonesto comigo mesmo se não declarasse a relação amorosa que mantenho com ela, desde que ouvi as primeiras referencias a ela pelos lábios de meus pais.

Reconheço que amadureci, palavras ganharam significados alternativos e construi novos referenciais de interpretação. Mas ela continua sendo o centro de minhas reflexões teológicas e o ponto de partida para as escolhas que tenho feito na vida.

Sobretudo, amo a "Palavra" por ser o único documento existente que revela a vida e ensinos de Jesus.

Amo a "Palavra", porque amo a Jesus. Porque ele é a palavra que se fez carne e habitou entre nós. Ele é a chave que uso para abrir fendas que me ajudam a enxergar, quando me deparo com pontos escuros, cheios de mofo até, deste livro.


Embora seja o mais criticado, mais combatido em toda a história da humanidade e até abusado por ignorância ou falta de escrúpulo, é o mais lido e que maior impacto tem causada à vida humana.

Por isso amo a Palavra.

Abraços do seu pastor,


0 comentários: